domingo, 28 de novembro de 2010

Noites de Sábado

by Betha M. Costa


Já é tradição: sábado de tardinha todos chegamos um a um com nossas famílias - aves de volta ao ninho – na casa dos meus pais. Como as garças brancas que voltam ao abrigo do Mangal, nós buscamos aconchego sob as “asas” de mamãe e papai.


E tudo no apartamento deles são aconchego e afeto. A placa na porta da frente com a figura de um casal de “velhinhos” estilizados já avisa aos visitantes: Casa dos Avós.De velho nada vemos lá.A mamãe com seu notebook ligado está antenada com tudo de novo e moderno.O papai diante das enormes TVs LCD à cabo e jornais do dia está em constante atualização.


Cada grupo que chega é efusivamente saudado e acarinhado por eles e pelos que já estão ali. Logo o clã todo se reúne. Os homens conversam bebericando cervejinhas e beliscando deliciosos petiscos que mamãe providencia. As mulheres divertem-se em risadas e “fofocas” entre xícaras de café e pães de queijos, enquanto os jovens segredam aos primos e primas as últimas saboreando pizzas, pães, empadão de frango, sanduíches, refrigerantes e outras guloseimas.


A diversão familiar avança na noite. Todos se reúnem na sala. Vemos vídeos de antigas festas convertidos em DVDs. Gargalhadas e troça da aparência de um, careta de outro ou fragrante engraçado. Outra vez vemos um jogo de futebol, uma novela ou filme só para um grupo desfazer do time ou ator favorito do outro.E rimos...Rimos muito!


Se algum tem um problema todos dão força, abraços e beijos. E a gente tem a certeza que tudo vai ficar melhor e dar certo. Que as soluções virão a seu tempo.


Nas noites de sábado o mundo todo cabe dentro de um aconchegante apartamento, que é pequeno comparado aos enormes corações de meus pais, mas pode abrigar com largo espaço filhas, filho, genros, nora, netos, netas e bisneto.

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