sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O Ralo

by Betha M. Costa


Ao passear no bosque da cidade Dara tropeçou. Era um objeto redondo, achatado, diâmetro cerca de seis centímetros e aspecto metálico. Para examinar melhor o estranho achado ela tentou tirá-lo do chão. Por mais força que colocasse não conseguia. Cavou o solo ao redor e foi impossível desprende-lo: do centro do material seguiam sob a terra feixes de metal parecidos raízes. Seu olhar fixou no minúsculo ponto saliente sobre a coisa. Com o indicador o empurrou como uma trava para a direita. Sem querer ela abriu uma espécie de ralo. Com espantosa capacidade de sucção foi sugada junto com árvores, animais e tudo o que estava próximo. Depois, todos os seres, as águas, as nuvens e o Universo inteiro desceram por aqueles orifícios. Através das ramificações cada coisa foi parar em um lugar diferente. Nunca mais se encontraram para formar o conjunto belo e harmônico como nós conhecemos!...

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