by Betha M. Costa
Amanhã despida das vestes do tempo,
Perscrutarei minhas entranhas,
Desfarei com calma as dobras d’alma,
Para que eu ache o que dói em mim.
Revolverei uma a uma minhas vísceras,
A procura do câncer que me corrói,
E apagarei com um laser as cicatrizes,
Das feridas antigas do meu coração.
Amanhã farei árduo e longo trabalho,
De recuperação e reparos de mim,
Para que eu saia inteira e fagueira,
De tudo o que me houver de ruim.
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