by Betha M. Costa
Eu pranteei como a chuva da tarde,
Mais pelo costume que pela dor,
Posto que o Senhor Tempo sem alarde,
Acinzou tudo o que foi multicor.
Abaixo do chumbo d’amor covarde,
O triste urubu acima do condor,
Abana negras asas sobretarde,
A varrer as sobras do nosso amor.
Esses versos são só fotos antigas,
Páginas dum álbum sem esplendor,
Guardam saudades, alegrias e brigas:
Pedaços do que um dia foi encantador!
Para os ouvidos são velhas cantigas,
Entoadas por um triste trovador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário