quarta-feira, 23 de abril de 2014

Ampulheta



by Betha Mendonça

Ó, sereno das noites silenciosas!
Aos açoites de vida que passa
Enlaço os meus olhos de aço
Transformo a vida de nada
Em morte à vida rasa
 E vagueio nas vias
Perdida
Para
Perdidos
Dias de sonhos idos
Naquelas horas sôfregas
Em que os minutos foram vãos
Como os minutos de segundos-pós
Construídos de tantos décimos de vida
Que hora qualquer também acabará no pó.

Um comentário:

  1. Estimada Amiga e Ilustre Poetisa
    Essa bela ampulheta versejada é bela, adorei, a vida é isso mesmo, com ou sem olhos de aço a vida passa os pequenos grãos de areia se vão diluindo tal como nossa vida que um dia em pó se tornará.
    Adorei
    Abraço amigo

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