by Betha Mendonça
O homem do centro do seu másculo peito,
Tomou o barro do seu amor e com mão ávida,
Moldou-me segundo seu bel prazer e
intuição,
Para que eu fosse à mulher de toda a sua vida,
Ou profundo abismo da sua negra
perdição...
De argila deu-me corpo comum e profano,
Deus mortal, pagão, vilão e sem santidade,
A imagem utópica de seu desejo insano,
Soprou-me na boca o fogo da humanidade,
E tornou-se o meu escultor, senhor e tirano.
Da terra encontrada pelos longos
caminhos,
Onde montes de piçarras doem aos olhos,
E tantos pés já pisaram tantos passos,
Tomou por empréstimo alguns pedaços,
Fez-me um coração vermelho... De barro!
Pobre de mim: mero artesanato!
*Imagem Google
Muito bom minha poetisa favorita.Bjo.
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