quinta-feira, 22 de maio de 2014

Circe e o Falcão












by Betha Mendonça

No trançar dos cabelos como camponesa,
Faço feitiços e bruxarias d’amor vulcão,
Magia de trocar o dia por noite turquesa,
De iludir o homem e transformá-lo em cão.

Já fui aquela Circe distraída e indefesa,
Atacada por ágil Ulisses com seu facão,
Fingi-me aliada e lancei sobre a mesa,
Os segredos e a alquimia de cada rincão.

Com graça, bruxaria e sedução, eu saí ilesa.
Senhora da minha própria peça e balcão,
Conquistei Ulisses no encanto e surpresa.

Circ-circ! Circ-circ! Cantei e gritei como falcão.
Em voo solo e vigilante ao redor da minha presa,
Enredei-o e tomei-o escravo da malvada ilusão.

*Imagem Google

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