by Betha Mendonça
A realidade é feita de pés
descalços em chãos frios colados na neve. É claridade da luz em rostos que
pedem a penumbra das nuvens a voar sem destino. É o tino ante a vontade do
desatino, tal sino que desperta do sono que não se quer acordar. É a visão do
que deve ser quando os olhos desviam para o que (quem sabe) pode ser.
Real é o dito papável, mas o quê
mais palpável que a mão a agarrar o vento e dele aspirar e provar o improvável,
só pela força do pensamento? Ver cavalos selvagens a galopar pelos pastos,
enquanto unicórnios dourados iluminam os campos.
A realidade é um rei tirano
que obriga a gente a agir de acordo com o politicamente correto, com regras
preestabelecidas por uma eminência parda má; olhos de águia e nariz adunco, que
sem misericórdia leva as pessoas a agirem sob as regras impostas até mesmo ao
coração.
É um cercado de arame farpado
que circunda e prende os sonhos, para que eles não se rebelem, e, tomem conta de tudo e causem
desordem no cotidiano das pessoas.
*Imagem Google
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