by Betha
Mendonça
O tempo volta
quando a gente consegue tocá-lo com a suavidade das palavras. No encontro dos
olhos gulosos da infância sobre os doces, nos confetes de carnavais passados...
Revive-se o
passado nas águas das fontes cristalinas dos risos antigos. Elas lavam as
tristezas, que a maturidade insiste em apontar com dedos de dor de crescer, e,
nas cascatas dos anos penosos de coisas que nosso interior insiste esquecer.
O tempo é aquele
amigo velho que parece que não vemos há muito, e, que está sempre ao nosso lado
na caminhada cotidiana, anjo invisível dos acontecimentos que julgamos ser o
acaso. É o ocaso e a aurora. A flora e a fauna que se desdobra em novas fibras
a cada manhã.
É apenas um cofre na nossa memória. Podemos abri-lo a qualquer instante
e dele tirar uma música, cena, pessoa, ensinamento... O que a gente precisar...
Reviver em lembrança silenciosa. Sorrir ou chorar com ela. Depois trancá-la de
novo, até uma próxima vez ou lançá-la ao fundo no lodo do esquecimento.
*Imagem tumblr
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