by Betha Mendonça
Belém, 16 de junho de 2009.
Precioso meu,
Ainda guardo no armário das lembranças recentes os
pensamentos, desejos, arrepios da pele, e, os sussurros das palavras mágicas
aos meus ouvidos. Acrescido e essas sensações - baile de máscaras sem máscaras
- uma vida toda que poderia ter sido e não foi.
Sem você eu sou um punhado de versos, que misturados
no meu íntimo nunca serão um poema real... Tudo causado pelo medo que tive da
distância geográfica entre nós!
Irônico destino: o temor que a geografia nos
separasse deixou que a proximidade e empatia (física e espiritual) entre nós
fossem engolidas pela imensa boca do tempo.
Nosso sentimento é uma linha da grande rede que caiu
e tem dificuldade de “reconectar”. Endereço eletrônico que mesmo perdido no
catálogo de contatos a gente conhece de cor: um sabe onde o outro está e como
encontrá-lo, mas o medo do desconhecido paralisa o ser humano...
Escrevo cartas para não esquecer que no intuito
proteger um amor, nós permitimos que ele descarrilasse comboio de horas que
gastamos a tentar torná-lo o que ele ainda é para mim: inesquecível.
Saudades sempre,
B.
*Imagem tumblr
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