by Betha Mendonça
Tu
és chuvas das manhãs, tardes e noites nos campos de meu querer. Águas que
escorrem nessa geografia de planícies, curvas, morros e vales, e, aumenta-me o
volume dos rios, que explodem nos despenhadeiros em cascatas e cachoeiras.
Tu
és o calor do sol que em brilhos de mil espelhos derrete-me geleiras, que se
repartem em danças sobre os mares, cada vez maiores e profundos, a inundar
terras desavisadas.
Uma
noite és chuva torrencial, com raios de dedos elétricos, que me magnetizam da
pele a alma, do beijo ao arrepio, do trovejar de palavras aos mágicos
sussurros.
Noutra
noite tu és lua cheia a sorrir das minhas sandices. E com o clarão do teu
luar espantas as negras sombras do meu coração.
Com
mãos de mago tu lanças em fogos de artifícios as estrelas do teu universo
desconhecido a ornar os meus cabelos.
Assim,
sempre te perceberei com o fascínio da menina, que sabe que tudo não passam de
mágicas dos sentidos e da imaginação. Mas, parecem reais. Como as estrelas que
a gente vê no céu e na verdade já não estão mais ali.
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