domingo, 4 de maio de 2014

Gaiolas das Borboletas











by Betha Mendonça

Ulisses, desta faca que te corta atinge-me também o fio,
E escorre-me dentro um fel ardido que me divide em muitas,
Tantas e sem vestes nem sossego, que aqui no exílio é-me frio.

Por que não me deixas e silencia-te e olhas ao teu lado?
Vai para quem contigo possa caminhar junto e aliciar-te,
E faça-te tudo àquilo que te encanta e é do teu agrado!

Não te aprisiones nessa gaiola cinza como as borboletas!
Elas vivem e morrem de beber em mares de palavras salgadas,
Como se fossem a parte mais doce das Escrituras Sagradas.

*Imagem Google

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