by Betha M. Costa
ora não existe mais
nenhuma letra
nos olhos que
devassavam ar sobre ar
e viam o que há
chão abaixo do chão
em nascentes d’água
pura a rebentar
nem toada das
tardes mais penetra
aos ouvidos em
morte de escutar
que percebiam do
estrondo do trovão
ao som da lágrima
na pele a roçar
o olfato afetivo em
efetiva anosmia
boca sem nada
aclamar nem reclamar
na língua - passada
a dor e a comichão -
um sabor mui salino para tampouco mar...
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