Betha Mendonça
Não há passo que eu dê sem que volte ao norte, para essa Belém abraçada pelas águas dos
rios, de céu cheio da azul e cinza. Das garças e urubus.
As ilhas a espreitar o movimento das
embarcações e aviões sobre a Baia do Guajará. A Praça do Açaí cheia de frutos e
toda sorte de gostosuras que vêm de lá.
Dias e noites, sentimentos e sentidos,
e, “cantaventos” dos prédios antigos a levar música aos paralelepípedos das
ruas estreitas da Cidade Velha.
A Cidade Velha é velha desde que nasci. Ora,
aos meus olhos embaçados pela chuva repentina, eu vejo que envelheci mais rápido
que ela.
O norte é meu estado, minha estrela de papel, meu canteiro de
palavras que vez por outra floresce...
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