sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Vestida de Humanidade


por Betha Mendonça

Ah, negra aura da chama humana,
Que me mantém mui distante,
Do que a alma clama à divindade!...

Carrego essa nódoa no peito,
Despeito de todo dom e bem,
Invejo o que os anjos têm.

Sou humanamente divina,
E de dentro dos meus erros,
Sucumbo a Eros e seus apelos.

Cobiço o homem que amo,
Com olhos de Demo o chamo,
E queimo em luxúria e vaidade.

Vestida de pouca castidade,
Com a pureza de uma louca:
Consciência do mal em mim é pouca.


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