sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Canto do Conto do Castelo de Areia


by Betha Mendonça

Canto o conto que não percebo o começo e que dança e brinca criança curiosa, enquanto constrói um castelo de areia quente, em praia que não sei por onde caminhar, sem queimar os pés desnudos, de tanto calor que emana da terra...

Fosse profundo o fosso que cavei ao meu redor, capaz de controlar as águas límpidas (que logo se turvam) e dele brota sem parar, não me assombrariam as músicas, nem os ruídos de passos pelos corredores de milhares de olhos.

Nem me entristeceria a sinfonia do ranger das correntes nas torres, quase a chegar ao céu, arrastadas por aquele que me reina, e, de quem sou apenas pintura na parede descascada pelo tempo.

Ouço o canto do Uirapuru com o descer do sol e o subir da maré. Logo o castelo, mistura de espuma e lama, leva o conto que te canto e conto, Iara ao fundo do mar.

*Imagem do Google


Nenhum comentário:

Postar um comentário